Conteúdos da Caixa

abril 18, 2024

rerum novarum

 


rapiécé et plié

ils coulent

dans les eaux boueuses

récolter des semis

ce qui reste de la vie

tomber dans la mer

la défaite des chagrins.

FÉ & PACIÊNCIA

 



Eu morava num sítio localizado na zona urbana, ou melhor, a cidade cresceu em torno do sítio. O terreno possui alguns cursos d água, pedreiras e uma matinha.


Próximo à porteira há um entroncamento.


O lugar é muito frequentado por crentes que lá vão deixar oferendas aos Orixás. Já fizeram até cerimônias religiosas e deixaram por lá os ‘presentes’. São incontáveis as velas de várias cores que andei recolhendo (costumam ocorrer apagões); recolhi alguidares de barro que transformei em lindas fruteiras artesanais; já recolhi também rosas.


Respeito os cultos, mas não posso conviver com os resíduos que sobram. Uma noite tive que interromper a reza porque temia que iriam incendiar a porteira de madeira tal a quantidade de velas...

Eu não entendo porque os presentes são tão ordinários. Penso que os ‘santos’ merecem coisa melhor: tipo champanhe importada, cachaça de melhor qualidade, licores finos etc.

Uma vez um carro luxuoso parou na estrada e umas moças bem vestidas desceram para colocar balas num degrau de pedra por onde escorria um filete d’água.


Já foi preciso chamar os bombeiros para apagar incêndios na mata causados por velas acendidas pelos crentes. O santos deviam estar dormindo!


No sítio trabalhava um rapaz bastante supersticioso que se benzia a me ver recolher flores, velas, fósforos, taças e outras bugigangas.


Um dia eu passei por uma das picadas que cortam a propriedade e vi uma gamela de madeira, enorme, repleta de quiabos. Como o local era de difícil acesso, pedi ao rapaz para buscá-la para mim.


Ele um tanto contrariado foi. Demorou algum tempo e voltou com as mãos vazias dizendo que alguém já havia recolhido. Não acreditei na desculpa porque os moradores da redondeza são também supersticiosos e nunca recolhiam as oferendas.

Nem os garis da prefeitura que de vez em quando apareciam para limpar o mato da estrada tocavam nos objetos deixando no mesmíssimo lugar.


Decidi averiguar o caso e constatei que a gamela ainda estava no chão, apenas os quiabos foram devorados provavelmente por bichos que vivem por lá, tais como galinhas d’água, tatus e outros pequenos animais


Eu me meti por baixo da cerca de arame farpado e fui pegar a gamela.

Ela estava com uma rachadura de ponta a ponta, mas daria um lindo enfeite depois de limpa e encerada.

Axé!



em 09/04/2010



abril 17, 2024

divulgando


brevemente a venda

 

INDULGENCE


 


Parce que tu as refusé le pardon, j'ai souffert.

Soyez indulgent, je demande une autre chance.

Sans ton amour, je dis au revoir à la vie

La mort est la solution que j'ai choisie.

Dans ce court message, je vous dis au revoir.

J'ai agi de manière imprudente, maintenant je le sais.

Je n'ai jamais douté de ton grand amour.

Je comprends, je t'ai perdu, tu n'es pas Dieu.

Comme un enfant qui n'a pas de limites,

Je t'ai blessé le cœur par rébellion,

J'accepte la punition, repentant.

Crème mon corps, je brûlerais volontiers,

Ne refusez pas, acceptez cette invitation,

Par indulgence, rends-moi racheté.

INDULGENCE


 Because you denied forgiveness, I suffered.

 Be indulgent, another chance I ask.

 Without your love, I say goodbye to life.

 Death is the solution I chose.

 In this short note, I say goodbye.

 I acted recklessly, now I know.

 I never doubted your great love.

 I understand, I lost you, you are not god.

 Like a child, who has no limits,

 I hurt your heart out of rebellion,

 I accept the punishment, repentant.

 Cream my body, I would happily burn,

 Don't refuse, accept this invitation,

 By indulgence, make me redeemed.