dezembro 19, 2024
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a dialogue
dezembro 11, 2024
Paródia aos 'Meus Oito anos'
Oh! que saudades que tenho
Da Aurora, minha vida,
Minha mulher tão querida
Que fugiu, não voltou mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Foram tão belos os dias
Deu vida à minha existência
Cultivei-a como flor;
O amor foi um lago sereno
Foi meu céu, manto azulado,
Alimentei sonho dourado,
Minha vida, — um hino d'amor!
Aurora, meu sol, minha vida,
Nossas noites, melodia
Um mundo de alegria,
Vivia só para amar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De Aurora as carícias
E beijos toda manhã.
Naqueles tempos ditosos
Sem tempo para a zangas
Não precisava de cangas
Nossa vida era brincar
Aos céus eu agradecia
Rezava às Ave-Marias,
Com seu rosto sempre lindo
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
MEUS OITO ANOS
CASIMIRO DE ABREU