dezembro 19, 2024
dezembro 15, 2024
a dialogue
dezembro 11, 2024
Paródia aos 'Meus Oito anos'
Oh! que saudades que tenho
Da Aurora, minha vida,
Minha mulher tão querida
Que fugiu, não voltou mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Foram tão belos os dias
Deu vida à minha existência
Cultivei-a como flor;
O amor foi um lago sereno
Foi meu céu, manto azulado,
Alimentei sonho dourado,
Minha vida, — um hino d'amor!
Aurora, meu sol, minha vida,
Nossas noites, melodia
Um mundo de alegria,
Vivia só para amar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De Aurora as carícias
E beijos toda manhã.
Naqueles tempos ditosos
Sem tempo para a zangas
Não precisava de cangas
Nossa vida era brincar
Aos céus eu agradecia
Rezava às Ave-Marias,
Com seu rosto sempre lindo
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
MEUS OITO ANOS
CASIMIRO DE ABREU
novembro 30, 2024
novembro 16, 2024
novembro 15, 2024
outubro 26, 2024
dia das bruxas
Um fantasma foi ao shopping
Pra comprar a fantasia
Cansado de ser fantasma
O que comprar não sabia
As crianças ajudaram
Escolher traje mais fino
Mas nada lhe agradava
Pra compor seu figurino
Desistiu da fantasia
Preferiu não inovar
Se deixar de ser fantasma
‘halloween’ não vai rolar ...
IMAGENS OBTIDAS COM IA (Bing/Copilot)
outubro 20, 2024
O BESOURO E AS FORMIGAS CORTADEIRAS
O BESOURO E AS FORMIGAS CORTADEIRAS
daisy aguinaga d’eibar
Era uma vez um besouro que vivia em um exuberante bosque, cercado por árvores altas e flores coloridas.
Ele era um besouro curioso e adorava explorar cada canto do seu lar.
As formigas cortadeiras eram conhecidas por sua habilidade em cortar folhas e levá-las para o formigueiro, onde as utilizavam para cultivar fungos, sua principal fonte de alimento.
Fascinado pelo trabalho das formigas, ele decidiu se aproximar e observar.
Ele viu as formigas se movendo rapidamente, cada uma carregando um pedaço de folha que era muito maior do que elas. o besouro ficou impressionado com a organização e a força delas. Mas logo percebeu que as formigas estavam muito ocupadas e não notaram sua presença.
Curioso, decidiu ajudar.
Começou a cortar pequenas folhas que estavam caídas no chão e, com muito esforço, as empurrou em direção ao formigueiro.
As formigas, ao verem o besouro ajudando, pararam e olharam para o besouro com surpresa.
— Oi, formigas! Eu pensei em ajudar vocês a levar as folhas! — disse, animado.
Uma das formigas, a líder do grupo, respondeu:
— Obrigado, besouro!
Você não precisa fazer isso.
Temos um trabalho para terminar e somos rápidas.
Ele, determinado a ajudar, sugeriu:
— Que tal se eu levasse algumas folhas até o formigueiro? Eu sou um pouco maior e posso carregar uma quantidade maior!
As formigas, surpreendidas pela oferta concordaram. E, com a ajuda do besouro, o trabalho foi muito mais rápido.
Ele carregou várias folhas de uma vez, enquanto as formigas cortavam e organizavam tudo.
Depois de um tempo, o formigueiro ficou cheio de folhas frescas, e as formigas estavam muito agradecidas.
A líder disse:
— Besouro, você foi uma grande ajuda!
Nunca pensamos que um besouro poderia ser tão útil!
Ele sorriu e respondeu:
— Eu aprendi muito observando vocês. A união faz a força, não é mesmo?
As formigas concordaram, e a partir daquele dia, o besouro e as formigas cortadeiras tornaram-se grandes amigos.
Eles continuaram a trabalhar juntos, e sempre que precisavam de ajuda, sabiam que podiam contar uns com os outros.
Assim, aprenderam que a colaboração e a amizade são fundamentais para superar desafios e alcançar objetivos.
Escrito com recursos da IA.
outubro 05, 2024
the return
He spends his life looking for his origin. The primordial womb. The ancestral mother. Fertilized
by parthenogenesis. At some point in infinity, stellar winds propelled it.
At some point on planet Earth, it plunged into the ocean. It evolved and became a living being, and turned into an egg. Fertilized, he became a human individual, who acquired
consciousness, today a person.
One day, this person will have interruption of vital functions. The end of life, death. Return to the primordial womb
The peace.
(photo Nebulas)
setembro 27, 2024
O Profeta
PREFÁCIO
Em minha caminhada pelos desertos, comendo poeira e bebendo a urina dos camelos, estou espiando minha culpa. Penitencio-me de meus crimes. Assassinei minhas esposas e concubinas. Eu me arrependo. Sofro pela morte de Shamizade, minha linda e última esposa, que levou consigo o herdeiro Salih. Botei fogo no sultanato, tal como Nero em Roma. Eu, o último sultão, Alauddin al-Kahar, sou agora um anacoreta.
Depois de meu encontro com o profeta Safakura, transformei-me em outra pessoa.
Compartilho com os leitores as lições que recebi.
O PROFETA
Safakura, mulçumano sunita, dizia ser neto de Hubal considerado o deus dos deuses e um dos mais notáveis) e Manat (foi uma das três principais deusas de Meca, os árabes acreditavam ser a deusa do destino, a mais antiga de todos os ídolos).
Filho de Alilat ou Alat (uma das três deusas supremas de Meca e uma das três filhas de Alá, junto com Manate e Uza. Mudou seu nome original, Dushara para SafaKura após a ‘Iluminação’. A partir de então, passou a pregar no deserto, divulgando o dogma “safadeza gera safadeza”, afirmando que ‘safadeza cura’.
ASSIM FALOU SAFAKURA
1 - AMAR PRIMEIRO A SI DEPOIS AOS OUTROS
Princípio fundamental.
Se não amar a si próprio não saberá amar o próximo.
O amor ao próximo é o amor desinteressado, motivado pela empatia, o acolhimento e o respeito.
o amor
O amor é uma abstração, uma idealização. Um “constructo”.
O amor físico é representado pelo ato sexual.
o ato sexual entre humanos
‘é um meio de sentir prazer entre dois corpos’
o prazer
‘uma experiência agradável’.
Prazer se refere à experiência de sentir-se bem. Envolve o gozo de algo. O termo é usado principalmente em associação com prazeres sensoriais mas em seu sentido mais geral, inclui todos os tipos de experiências positivas ou prazerosas.
O ato sexual pelo prazer que proporciona contribui
- para a concepção de um novo ser humano, uma criança, um filho.
- para o gozo ou fruição de uma relação sexual.
O AMOR FÍSICO
Demonstrado em uma relação sexual, tem por objetivo o gozo - o orgasmo, o ponto culminante da estimulação ou da atividade sexual
Ao contrário do construto ‘amor’, o amor físico é concreto, palpável, sentido, experimentado pelo corpo e pela mente
DEMONSTRAÇÕES DO AMOR FÍSICO
tocar o corpo do outro - carícia
o beijo
o abraço
a atração física - o desejo - os jogos sensuais - a excitação - o ato sexual - o gozo
OS JOGOS SEXUAIS
as preliminares
as fantasias sexuais
a sacanagem e os tabus
A IDEALIZAÇÃO DO GOZO
a satisfação
a frustração
AS LIÇÕES DE SAFAKURA
A humanidade descobriu o sexo como instrumento da propagaçao da especie, apos atribui-la aos fenomenos naturais, mitos e lendas.
Desde o tempo das cavernas os individuos fazem sexo. Mitos e lendas abordam a atividade sexual, tanto para a procriação quanto para a fruição.
Surgiram os tabus com o advento das religiões monoteístas que introduziram o ‘constructo’ pecado para adjetivar as relações sexuais fora do casamento e proibi-las.
O casamento é um acordo ou contrato. A princípio não requeria amor, mas compromissos motivados por interesses materiais monetizados . O rompimento dos contratos acarretava penalidades.
Depois de surgir o construto amor, significando gostar e estar junto a alguém, independente de acordos ou contratos, o Romantismo deu-lhe força com a literatura, a música e as artes. O amor passou a ser idealizado e em alguns casos demonizado por causar os ‘males do amor’. Entre suas vítimas, estavam poetas, artistas e donzelas rejeitadas.
As atuais ‘profissionais do sexo’ eram estigmatizadas, bem como homossexuais e lesbicas. Por outro lado, a pedofilia (meninos e meninas oferecidos como mercadorias) era um privilegio para homens ricos, embora camuflada.
O tempo passou, inovações científicas e tecnológicas se impuseram, porém no que diz respeito ao ‘amor ao próximo’, a humanidade está estagnada.
Alguns tabus foram exterminados, outros se mantêm e outros são inventados.
A liberação sexual, a disseminação escancarada das drogas e a monetização de tudo compõem o ‘status quo’.
Em nome do amor (constructo) muitos crimes são cometidos.
A antiga ‘sacanagem’, um tipo de jogo sensual cedeu lugar a sacanagem, no sentido de prejudicar o próximo, o bem público, as instituições etc,
CONCLUSÃO
Alauddin al-Kahar, ex sultão, depois de ouvir atentamente a preleção de Safakura concluo que meus crimes, embora hediondos, não se comparam aos crimes cometidos atualmente.
Se ainda reinasse, botaria fogo no planeta, contudo a humanidade já está tomando as providências. Falta apenas Y apertar um botão para o arsenal nuclear fazer o serviço.
Enfio a cabeça na areia e espero a tempestade chegar.
NOTAS
1 Uza, ou Al-Uzza, era uma deusa da fertilidade.
2 Dushara -na mitologia nabatea, o deus Nabataean, cujo nome significa "Senhor da Montanha".
3 para os Cristãos “amaras o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37–39)
4 constructo -construção puramente mental, criada a partir de elementos mais simples, para ser parte de uma teoria.
5 prazer -de acordo com a filosofia de Epicuro, o prazer é o início e o fim de uma vida feliz, e é definido como "ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma".
6 gozar - desfrutar de toda ação que causa felicidade, prazer e/ou satisfação.
7 orgasmo - se manifesta por meio de um pico de prazer físico e/ou psicológico.
8 mente - um conceito que define o estado de consciência e subconsciência humana.
fim
anlatının son
setembro 26, 2024
passado
o galo cocorica, esporeia e bica
a galinha cisca, espalha o lixo
grasnam o ganso e o marreco.
a pata nada no açude
a maritaca matraqueia
o burrico leva a carga
a vaca lambe seu bezerro
a poeira na estrada
anuncia um cavaleiro
o cavalo marchador
são lembranças da menina
que na fazenda nasceu
hoje um pasto abandonado
VENDE-SE
setembro 14, 2024
Uma novela - 'Memórias'
I -
Precisei fazer um transplante, ou melhor, um enxerto. Uma área do meu cérebro ficou danificada após um acidente e foi removida. O neurologista sugeriu um enxerto, posto que, a pesquisa sobre transplante de cérebros permanecia inconclusa.
O doador sofreu um infarto fulminante, a família doou os órgãos. Eu fui contemplada com o cérebro do rapaz. Um jovem médico.
Passei um bom período hospitalizada. Vários dias em coma induzido, terapia nutricional oral e centenas de fraldas.
Felizmente não houve rejeição ao enxerto, tive alta e voltei para minha casa.
Durante muitas semanas tive acompanhantes. Enfermeiras e cuidadoras.
Divorciada e sem filhos, aposentada por tempo de serviço, uma vidinha tranquila, cuidando de plantas, fazendo exercícios com um personal trainer, viajando e escrevendo crônicas para um futuro livro.
Um acidente interrompeu a rotina e me transformou em outra pessoa.
continua
setembro 05, 2024
o menino e a coruja
Era uma vez uma noite de luar, em uma pequena vila pitoresca aninhada em meio a árvores antigas, vivia um garoto curioso chamado Lucas. Lucas tinha um coração tão grande quanto o céu estrelado e olhos que brilhavam de admiração. Seu passatempo favorito era explorar a floresta, onde segredos sussurravam entre as folhas e sombras dançavam com a lua.
Uma noite fria, enquanto o crescente prateado pendia baixo, Lucas se aventurou mais profundamente na floresta. O ar cheirava a terra úmida e agulhas de pinheiro. Seus passos rangiam nas folhas caídas, e os galhos acima pareciam se estender como dedos nodosos, acenando para ele.
E ali, empoleirada em um galho coberto de musgo, estava uma criatura magnífica: uma coruja, suas penas uma sinfonia de cinzas e marrons. Seus olhos grandes e redondos perfuravam a alma de Lucas, cheios de sabedoria antiga e um toque de travessura.
“Quem é você?” Lucas perguntou, sua voz pouco mais alta que um sussurro.
A coruja inclinou a cabeça, como se ponderasse a questão. “Eu sou Aurora,” ela respondeu. “A guardiã da noite, a guardiã dos sonhos esquecidos e a testemunha silenciosa de incontáveis contos.”
Os olhos de Lucas se arregalaram. “Por que você fica acordado enquanto o mundo dorme?”
Aurora piscou lentamente. “Porque os sonhos precisam de companhia, e às vezes, corações jovens buscam respostas nas horas silenciosas. Diga-me, Lucas, o que te mantém acordado esta noite?”
Lucas hesitou, então despejou seu coração. Ele falou de sonhos não realizados, medos que voavam como pássaros presos e a dor de sentir falta de sua falecida avó. Aurora ouviu, suas penas se agitando em empatia.
“Veja,” Aurora disse, “nós corujas somos mais do que penas e bicos. Nós carregamos histórias dentro de nós — histórias de amor, perda e resiliência. E às vezes, nós compartilhamos. Lucas se inclinou para mais perto. "Que história você vai compartilhar comigo esta noite?"
Os olhos de Aurora brilharam. "Escute bem, jovem. Uma vez, em uma era esquecida, um garoto muito parecido com você vagou por estas mesmas florestas. Seu nome era Elias. Ele também buscava respostas sob o brilho da lua."
Elias conheceu Aurora em uma noite sem lua, quando as estrelas se escondiam atrás de nuvens espessas. A coruja lhe contou sobre reinos perdidos, florestas encantadas e a magia que dançava na borda da realidade. Elias ouviu, extasiado, e em troca, ele compartilhou seus sonhos — aqueles que o mantinham acordado, aqueles que sussurravam sobre aventuras além do horizonte.
Conforme as estações mudavam, Elias e Aurora se tornavam inseparáveis. Eles riam das palhaçadas dos vaga-lumes, dançavam com o vento e desvendavam mistérios escondidos nas folhas farfalhantes. E toda noite, Elias perguntava: "Por que você fica acordado, querida coruja?"
Aurora responderia: “Porque os sonhos são frágeis e, às vezes, precisam de um amigo para mantê-los vivos”. essas histórias com aqueles que realmente ouvem.”
Em uma noite fatídica, Elias confidenciou seu desejo mais profundo: encontrar a Estrela Perdida, uma joia celestial que supostamente realiza qualquer desejo. Os olhos de Aurora brilharam com conhecimento antigo. "A Estrela Perdida fica além das Cataratas Sussurrantes", disse. "Mas cuidado, pois sua luz revela tanto a verdade quanto a ilusão."
Elias embarcou em sua busca, guiado pela sabedoria de Aurora. Ele enfrentou rios traiçoeiros, florestas encantadas e enigmas sussurrados pelos raios da lua. E quando finalmente segurou a Estrela Perdida na palma da mão, percebeu que seu brilho não estava em conceder desejos, mas em iluminar o caminho para o desejo do coração.
Ele retornou para Aurora, que o esperava no mesmo galho musgoso. "O que você aprendeu, Elias?", perguntou.
Elias sorriu. "Que sonhos não são estrelas distantes — eles residem dentro de nós. E às vezes, tudo o que precisamos é de uma corrente para nos lembrar."
Daquele dia em diante, Elias e Aurora compartilharam seus sonhos, tecendo uma tapeçaria de magia e amizade. E se você ouvir atentamente em noites de luar, você pode ouvir suas risadas ecoando pelas árvores — a risada de um menino e uma coruja que descobriram que as maiores aventuras acontecem nos espaços entre a vigília e o sonho.
E então, caro leitor, lembre-se disto: quando você vir uma coruja empoleirada em um galho, tire um momento para ouvir. Pois ela pode compartilhar uma história que manterá seu coração acordado e seus sonhos vivos.
Inspirado pela magia do luar e pelos sussurros das corujas, este conto dança entre a realidade e o encantamento.
Obs. Redação por IA
agosto 13, 2024
O PEIXE E O SAPO
Certa noite, enquanto Pingo nadava perto da superfície, ouviu uma melodia encantadora. Era Sapo, cantando uma canção sobre as estrelas e a lua. Fascinado pela voz de Sapo, Pingo decidiu se aproximar.
"Olá, Sapo! Sua canção é linda. Nunca ouvi algo assim antes," disse Pingo, emergindo da água.
Sapo, surpreso, respondeu: "Obrigado, Pingo! Eu canto para a lua todas as noites. É a minha maneira de agradecer pela sua luz."
Os dois começaram a conversar todas as noites. Pingo contava histórias sobre as maravilhas subaquáticas, enquanto Sapo falava sobre as estrelas e as criaturas da terra. Com o tempo, eles perceberam que, apesar de suas diferenças, tinham muito em comum.
Um dia, uma tempestade forte atingiu o lago. As águas ficaram turbulentas e Pingo ficou preso em um redemoinho. Desesperado, ele chamou por ajuda. Sapo, ouvindo os gritos de Pingo, pulou na água sem hesitar. Com sua força e determinação, Sapo conseguiu puxar Pingo para a segurança.
A partir daquele dia, Pingo e Sapo se tornaram inseparáveis. Eles aprenderam que o verdadeiro amor não conhece barreiras e que, mesmo sendo diferentes, podiam se complementar de maneiras maravilhosas.
E assim, no lago tranquilo, Pingo e Sapo viveram felizes, compartilhando suas aventuras e canções, mostrando a todos que o amor verdadeiro pode florescer nos lugares mais inesperados.
Gostou da fábula? Se quiser, posso criar mais histórias para você!
agosto 06, 2024
ELISIA - ROTEIRO
Elísia – Rose - Breno – Joel (amigo) – Josias (preparador físico) – Rose amiga de Elísia. – Abigail avó – Juninho (filho)
Sinopse
Elísia, namorada de Breno, jogador de futebol. - Elísia
engravida - Nasce Juninho. - Breno não
aceita a gravidez. - Elísia desaparece.
- Breno é condenado. - Abigail
tem a guarda de Juninho - Juninho cresce, torna-se jogador de futebol famoso. -
Decide investigar o desaparecimento da mãe. - Encontra a mãe internada num
asilo.
Trama
As amigas Elísia e Rose assistem aos treinos de futebol.
Sonham casar com seus ídolos, Breno e Joel, jogadores principais do time favorito
do campeonato nacional. Elísia tem vinte e dois anos e Rose vinte e cinco.
Rose é irmã do preparador físico do time. No intervalo do treino
ele apresenta os jogadores às amigas.
Elas assistem a final do campeonato e são convidadas para a
festa da vitória. Elísia e Breno iniciam um namoro. Joel está noivo, Rose se conforma
e reata o namoro com o antigo namorado. Elísia engravida de Breno que não
aceita a gravidez. Elísia insiste no casamento com Breno.
Breno é transferido, seu passe é comprado por um grande
time, tornando-se um jogador bem pago. Integrado ao novo time, sai em excursão
internacional.
Nasce o filho de Elísia e Breno. Abigail, mãe de Elísia tem
a guarda do neto.
Elísia exige o teste de paternidade, Breno se recusa a
fazê-lo. Inicia-se uma batalha judicial.
Elisia desaparece. Após meses de investigação, Breno é preso,
acusado de tê-la assassinado.
Dezoito anos depois...
Juninho se torna jogador de futebol, contratado pelo antigo
time de Breno. Todos, no clube, comentam sua semelhança com o preparador físico
que lhe dedica mais atenção que aos demais jogadores.
Intrigado, comenta com a avó Abigail.
Ocorre uma epidemia, todos são obrigados ao teste para
diagnóstico. Juninho consegue uma amostra de sangue de Josias. Faz o teste de
DNA. Descobre ser seu filho. Isenta Breno da paternidade.
Josias confessa ter internado Elísia numa clínica psiquiátrica.
Juninho reencontra a mãe.
Breno é inocentado. Josias é preso e se enforca na
delegacia.
agosto 05, 2024
LALLO
uma história recontada
Há mais de quarenta anos ele vivia numa casa de repouso ao pé da colina.
Aos dezenove anos fora trancafiado lá pela família de seu primo.
Perdera os pais ao nove num acidente de automóvel passando a viver com os tios. Quando a tia, irmã de seu pai, faleceu Lallo teve uma crise nervosa e foi internado.
Na clínica manteve-se silencioso durante todos esses anos.
Dispunha de um amplo apartamento no térreo, com portas e janelas para o jardim.
Seu primo era a única visita que recebia duas vezes por ano, levando-lhe material de pintura, telas e tintas.
Lallo era um pintor de quadros, e os mantinha, quando prontos, guardados num grande armário.
Havia um quadro inacabado, o retrato de uma mulher apenas esboçado, e era o único que ficava à mostra em seu quarto.
A clínica passou por uma reforma e recebeu uma nova diretora. Uma médica geriatra de nome Helga que ficou bastante interessada no caso de Lallo, talvez por encontrar nele traços familiares.
Ela tentou inúmeras vezes conversar com ele, um homem dócil, gentil, não usava medicamentos e ouvia a médica com atenção, porém suas respostas eram o silêncio.
Certo dia Lallo amanheceu febril, recusou o café e não saiu do quarto para o passeio costumeiro ao jardim.
Helga decidiu transferi-lo para a enfermaria onde seria mais bem cuidado pelos enfermeiros intensivos e ordenou que o apartamento fosse limpo e esterilizado porque suspeitava de uma meningite.
Durante a limpeza foi encontrado um diário caído sob a cama e levado à diretora. Ela percebeu que no diário poderia estar a chave para identificar o problema de Lallo, pois em sua opinião ele não parecia ser doente mental.
Assim, com a leitura do diário, soube que a família o internara para se ver livre dele, apossando-se da imensa fortuna que lhe cabia de herança com a morte dos pais.
O primo, filho único de seus tios, amigo de infância se tornou um rival, pois Lallo era mais talentoso, mais bonito e mais bem sucedido nos estudos.
Com a morte da tia e a crise nervosa, o primo apoiado pelo tio, tratou de interná-lo tendo apenas o cuidado de reservar-lhe um apartamento confortável que funcionasse como um atelier para Lallo se distrair e não reivindicar seu legítimo direito à herança.
O primo em suas visitas trocava o material de pintura por quadros acabados, levando-os consigo. Às vezes o presenteava trazendo-lhe um quadro pronto afirmando ser de sua autoria. Lallo rabiscava a tela ou dava-lhe cortes e a escondia no rebaixamento do teto do banheiro.
Helga terminou a leitura do diário na semana em que Lallo teve alta da enfermaria e retornou ao apartamento.
No dia seguinte à alta ela o visitou entregando-lhe o diário. Foi quando ele disse, pela primeira vez ‘obrigado doutora’.
Animada com a reação dele, Helga passou a vê-lo todas as manhãs, acompanhando-o em seu passeio silencioso pelo jardim.
Um dia se sentaram num banco e ela lhe mostrou um jornal com a reportagem sobre um pintor famoso. Perguntou-lhe se ele gostaria de acompanhá-la na visita à exposição. Ele disse ’obrigado doutora, eu não posso’. Ela tentou saber o motivo, mas Lallo permaneceu em silêncio; a doutora havia observado a grande semelhança entre ele e o pintor retratado pelo jornal.
Com muitos detalhes obtidos com a leitura do diário de Lallo, a médica definira uma estratégia para lidar com ele.
Observou também que o retrato inacabado da mulher estava sendo retomado por ele, tomando expressão. Aos poucos o retrato ganhava o rosto de Helga.
Numa entrevista com ele, ela perguntou quem era a mulher do retrato. Seria sua mãe? Ele não se lembrava do rosto de sua mãe, mas disse-lhe que tentava retratar Hanna, sua babá na infância, de origem húngara, que lhe contava histórias e cantava para ele adormecer. Disse também que a médica, por ter traços parecidos com Hanna, ajudava a completar a pintura.
Helga considerava um progresso o trabalho com Lallo e, muito confiante, buscava extrair dele mais relatos que pudessem ajudá-lo. Ela acreditava não existir razão para o confinamento de um homem sadio e talentoso.
Por coincidência, a avó de Helga também se chamava Hanna, já havia falecido, era húngara e foi governanta de uma família após ter ficado viúva, porém era só isso que conhecia sobre a avó. Lallo teve oportunidade de falar bastante sobre a babá Hanna enquanto trabalhava no retrato de Helga, que já admitia a ideia de que a babá fosse mesmo a avó. Este assunto era o ponto de ligação entre a terapeuta e o paciente. A médica era a única pessoa com quem Lallo conversava durante a caminhada pelo jardim.
O ano chegava ao fim e o primo não fizera ainda a segunda visita anual, talvez ele fosse de fato o pintor descrito no jornal e poderia estar atarefado com os preparativos da exposição anunciada.
Duas semanas se passaram, a médica precisou se ausentar da clínica, quando surgiu uma visita inesperada para Lallo. Tratava-se de uma mulher, acompanhada de um advogado. Lallo se recusou a recebê-los e eles marcaram outra visita para quando a doutora retornasse à clínica.
Assim aconteceu.
Helga recebeu as visitas, mandou buscar Lallo em seu apartamento e lhe foi revelado que a visitante era a viúva de seu primo, falecido recentemente e que deixara uma carta-testamento.
Nesta, reconhecia o mal que lhe causara, pedia perdão e lhe devolvia os direitos não só à herança da família como também a fama e a glória que lhe roubara, exibindo como seus os quadros de Lallo.
Lallo, abraçado à doutora Helga, chorou.
Não quis deixar a clínica, alegando que não saberia viver fora de lá.
Com a ajuda do advogado transferiu parte de seus bens para uma Fundação de Arte e outra parte doou para a clinica de repouso.
Abandonou a pintura para se dedicar ao jardim.
O retrato de Helga foi terminado e hoje está exposto em sua sala.
FIM
julho 25, 2024
Pedrinho - umconto infantil
Um dia, Pedrinho decidiu explorar além do seu habitat e caminhou até chegar a uma horta. Lá, ele encontrou lesmas que riam da sua carapaça.
Triste, Pedrinho se fechou dentro de sua concha.
Após alguns dias de descanso, choveu.
Pedrinho saiu disposto a viver em outro lugar.
Ao tirar a cabeça para fora, ele viu algo surpreendente: uma lesma-tigre!
Diferente das outras lesmas, essa tinha uma aparência marcante, com manchas pretas em sua cor marrom-avermelhada. Pedrinho se aproximou com curiosidade.
Com o tempo, Pedrinho aprendeu que a verdadeira beleza estava na diversidade e na amizade.
Ele não precisava ser igual a todos os outros caracóis para ser feliz.
A lesma-tigre ensinou-lhe a valorizar suas
diferenças e a encontrar alegria nas pequenas coisas.