Conteúdos da Caixa

dezembro 15, 2024

a dialogue




In the trench

war zone

Lt. Sullivan: I'll wait for them to come and rescue you.

Private Werther: Please kill me; I don't want to be a prisoner of the enemy.

Lt. Sullivan: Neither do I. You're too badly wounded. Look at me.

Private Werther: Please kill me.

Lt. Sullivan: You're too young. Give me your hand.

Private Werther: You're bleeding.

A grenade explodes.

Silence.

dezembro 11, 2024

Paródia aos 'Meus Oito anos'

 MEUS OITENTA ANOS

 

Oh! que saudades que tenho

Da Aurora, minha vida,

Minha mulher tão querida

Que fugiu, não voltou mais!

 

Que amor, que sonhos, que flores,

Naquelas tardes fagueiras

À sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais!

 

Foram tão belos os dias

Deu vida à minha existência

Cultivei-a como flor;

O amor foi um lago sereno

Foi meu céu, manto azulado,

Alimentei sonho dourado,

Minha vida, — um hino d'amor!

Aurora, meu sol, minha vida,

 

Nossas noites, melodia

Um mundo de alegria,

Vivia só para amar!

O céu bordado d'estrelas,

A terra de aromas cheia

As ondas beijando a areia

E a lua beijando o mar!

 

 

Em vez das mágoas de agora,

Eu tinha nessas delícias

De Aurora as carícias

E beijos toda manhã.

Naqueles tempos ditosos

Sem tempo para a zangas

Não precisava de cangas

Nossa vida era brincar

 

Aos céus eu agradecia

Rezava às Ave-Marias,

Com seu rosto sempre lindo

Adormecia sorrindo

E despertava a cantar!

 

MEUS OITO ANOS

                               CASIMIRO DE ABREU

 

 





outubro 26, 2024

dia das bruxas

 

 

 

Um fantasma foi ao shopping

Pra comprar a fantasia

Cansado de ser fantasma

O que comprar não sabia

 

As crianças ajudaram

Escolher traje mais fino

Mas nada lhe agradava

Pra compor seu figurino

 

Desistiu da fantasia

Preferiu não inovar

Se deixar de ser fantasma

‘halloween’ não vai rolar ...

 

 

IMAGENS OBTIDAS COM IA (Bing/Copilot)



outubro 20, 2024

O BESOURO E AS FORMIGAS CORTADEIRAS

 





O BESOURO E AS FORMIGAS CORTADEIRAS



daisy aguinaga d’eibar



Era uma vez um besouro que vivia em um exuberante bosque, cercado por árvores altas e flores coloridas. 


Ele era um besouro curioso e adorava explorar cada canto do seu lar. 


Um dia, enquanto caminhava por uma estrada conhecida, avistou um grupo de formigas cortadeiras trabalhando em equipe.


As formigas cortadeiras eram conhecidas por sua habilidade em cortar folhas e levá-las para o formigueiro, onde as utilizavam para cultivar fungos, sua principal fonte de alimento. 


Fascinado pelo trabalho das formigas, ele decidiu se aproximar e observar.



Ele viu as formigas se movendo rapidamente, cada uma carregando um pedaço de folha que era muito maior do que elas. o besouro ficou impressionado com a organização e a força delas. Mas logo percebeu que as formigas estavam muito ocupadas e não notaram sua presença.


Curioso, decidiu ajudar. 


Começou a cortar pequenas folhas que estavam caídas no chão e, com muito esforço, as empurrou em direção ao formigueiro. 


As formigas, ao verem o besouro ajudando, pararam e olharam para o besouro com surpresa.


— Oi, formigas! Eu pensei em ajudar vocês a levar as folhas! — disse, animado.


Uma das formigas, a líder do grupo, respondeu: 


— Obrigado, besouro!

 

Você não precisa fazer isso. 

Temos um trabalho para terminar e somos rápidas. 


Ele, determinado a ajudar, sugeriu:


 — Que tal se eu levasse algumas folhas até o formigueiro? Eu sou um pouco maior e posso carregar uma quantidade maior!



As formigas, surpreendidas pela oferta concordaram. E, com a ajuda do besouro, o trabalho foi muito mais rápido.

 

Ele carregou várias folhas de uma vez, enquanto as formigas cortavam e organizavam tudo.



Depois de um tempo, o formigueiro ficou cheio de folhas frescas, e as formigas estavam muito agradecidas. 


A líder disse: 

— Besouro, você foi uma grande ajuda! 

Nunca pensamos que um besouro poderia ser tão útil!


Ele sorriu e respondeu: 


— Eu aprendi muito observando vocês. A união faz a força, não é mesmo?


As formigas concordaram, e a partir daquele dia, o besouro e as formigas cortadeiras tornaram-se grandes amigos. 



Eles continuaram a trabalhar juntos, e sempre que precisavam de ajuda, sabiam que podiam contar uns com os outros. 


Assim, aprenderam que a colaboração e a amizade são fundamentais para superar desafios e alcançar objetivos.



Escrito com recursos da IA.

outubro 05, 2024

the return

 He spends his life looking for his origin. The primordial womb. The ancestral mother.  Fertilized 

by parthenogenesis. At some point in infinity, stellar winds propelled it.

At some point on planet Earth, it plunged into the ocean. It evolved and became a living being, and turned into an egg. Fertilized, he became a human individual, who acquired

consciousness, today a person.

One day, this person will have interruption of vital functions. The end of life, death. Return to the primordial womb


The peace.




(photo Nebulas)


setembro 27, 2024

O Profeta

  


PREFÁCIO

 

Em minha caminhada pelos desertos, comendo poeira e bebendo a urina dos camelos, estou espiando minha culpa. Penitencio-me de meus crimes. Assassinei minhas esposas e concubinas. Eu me arrependo. Sofro pela morte de Shamizade, minha linda e última esposa, que levou consigo o herdeiro Salih. Botei fogo no sultanato, tal como Nero em Roma. Eu, o último sultão, Alauddin al-Kahar, sou agora um anacoreta.

 

Depois de meu encontro com o profeta Safakura, transformei-me em outra pessoa.

 

Compartilho com os leitores as lições que recebi.

 

O PROFETA

 

Safakura, mulçumano sunita, dizia ser neto de Hubal considerado o deus dos deuses e um dos mais notáveis) e Manat  (foi uma das três principais deusas de Meca, os árabes acreditavam ser a deusa do destino, a mais antiga de todos os ídolos).

Filho de Alilat ou Alat (uma das três deusas supremas de Meca e uma das três filhas de Alá, junto com Manate e Uza. Mudou seu nome original, Dushara para SafaKura após a ‘Iluminação’. A partir de então, passou a pregar no deserto, divulgando o dogma “safadeza gera safadeza”, afirmando que ‘safadeza cura’.


 

ASSIM FALOU SAFAKURA

 

1 - AMAR PRIMEIRO A SI DEPOIS AOS OUTROS

 

Princípio fundamental.

Se não amar a si próprio não saberá amar o próximo.

O amor ao próximo é o amor desinteressado, motivado pela empatia, o acolhimento e o respeito.

 

o amor

O amor é uma abstração, uma idealização. Um “constructo”.

O amor físico é representado pelo ato sexual.

 

o ato sexual entre humanos

‘é um meio de sentir prazer entre dois corpos’

 

o prazer

‘uma experiência agradável’.

Prazer se refere à experiência de sentir-se bem. Envolve o gozo de algo. O termo é usado principalmente em associação com prazeres sensoriais mas em seu sentido mais geral, inclui todos os tipos de experiências positivas ou prazerosas.

 

O ato sexual pelo prazer que proporciona contribui

  1. para a concepção de um novo ser humano, uma criança, um filho.
  2. para o gozo ou fruição de uma relação sexual.

 

O AMOR FÍSICO 

 

Demonstrado em uma relação sexual, tem por objetivo o gozo - o orgasmo, o ponto culminante da estimulação ou da atividade sexual

 

Ao contrário do construto ‘amor’, o amor físico é concreto, palpável, sentido, experimentado pelo corpo e pela mente

 

 

DEMONSTRAÇÕES DO AMOR FÍSICO

 

tocar o corpo do outro - carícia

o beijo 

o abraço

a atração física - o desejo - os jogos sensuais - a excitação - o ato sexual - o gozo


 

OS JOGOS SEXUAIS 

 

as preliminares 

as fantasias sexuais

a sacanagem e os tabus

 

A IDEALIZAÇÃO DO GOZO

 

a satisfação

a frustração

 

AS LIÇÕES DE SAFAKURA

A humanidade descobriu o sexo como instrumento da propagaçao da especie, apos atribui-la aos fenomenos naturais, mitos e lendas.

 

Desde o tempo das cavernas os individuos fazem sexo. Mitos e lendas abordam a atividade sexual, tanto para a procriação quanto para a fruição.

 

Surgiram os tabus com o advento das religiões monoteístas que introduziram o ‘constructo’ pecado para adjetivar as relações sexuais fora do casamento e proibi-las.

 

O casamento é um acordo ou contrato. A princípio não requeria amor, mas compromissos motivados por interesses materiais monetizados . O rompimento dos contratos acarretava penalidades.

 

Depois de surgir o construto amor, significando gostar e estar junto a alguém, independente de acordos ou contratos, o Romantismo deu-lhe força com a literatura, a música e as artes. O amor passou a ser idealizado e em alguns casos demonizado por causar os ‘males do amor’. Entre suas vítimas, estavam poetas, artistas e donzelas rejeitadas.

 

As atuais ‘profissionais do sexo’ eram estigmatizadas, bem como homossexuais e lesbicas. Por outro lado, a pedofilia (meninos e meninas oferecidos como mercadorias) era um privilegio para homens ricos, embora camuflada. 

 

O tempo passou, inovações científicas e tecnológicas se impuseram, porém no que diz respeito ao ‘amor ao próximo’, a humanidade está estagnada.  

 

Alguns tabus foram exterminados, outros se mantêm e  outros são inventados.

 

A liberação sexual, a disseminação escancarada das drogas e a monetização de tudo compõem o ‘status quo’.

 

Em nome do amor (constructo) muitos crimes são cometidos.

 

A antiga  ‘sacanagem’, um tipo de jogo sensual cedeu lugar a sacanagem, no sentido de prejudicar o próximo, o bem público, as instituições etc,



 

CONCLUSÃO

 

  

 Alauddin al-Kahar,  ex sultão, depois de ouvir atentamente a preleção de Safakura concluo que meus crimes, embora hediondos, não se comparam aos crimes cometidos atualmente.

 

Se ainda reinasse, botaria fogo no planeta, contudo a humanidade já está tomando as providências. Falta apenas Y apertar um botão para o arsenal nuclear fazer o serviço.

 

Enfio a cabeça na areia e espero a tempestade chegar.


 

NOTAS


 

1 Uza, ou Al-Uzza, era uma deusa da fertilidade.

Dushara -na mitologia nabatea, o deus Nabataean, cujo nome significa "Senhor da Montanha".

3 para os Cristãos “amaras o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:37–39)

4 constructo -construção puramente mental, criada a partir de elementos mais simples, para ser parte de uma teoria.

5 prazer -de acordo com a filosofia de Epicuro, o prazer é o início e o fim de uma vida feliz, e é definido como "ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma".

6 gozar - desfrutar de toda ação que causa felicidade, prazer e/ou satisfação.

7 orgasmo - se manifesta por meio de um pico de prazer físico e/ou psicológico.

8 mente - um  conceito que define o estado de consciência e subconsciência humana.




 

fim

 

anlatının son

 


 

 


 

 

 

 




 

 

 

 




setembro 26, 2024

passado

 

 

o galo cocorica, esporeia e bica

a galinha cisca, espalha o lixo

grasnam o ganso e o marreco.

a pata nada no açude

a maritaca matraqueia

 

o burrico leva a carga

a vaca lambe seu bezerro

a poeira na estrada

anuncia um cavaleiro

o cavalo marchador

 

são lembranças da menina

que na fazenda nasceu

hoje um pasto abandonado

 

 

VENDE-SE

 


setembro 14, 2024

Uma novela - 'Memórias'

 

 I -



 

Precisei fazer um transplante, ou melhor, um enxerto. Uma área do meu cérebro ficou danificada após um acidente e foi removida. O neurologista sugeriu um enxerto, posto que, a pesquisa sobre transplante de cérebros permanecia inconclusa.

 

O doador sofreu um infarto fulminante, a família doou os órgãos. Eu fui contemplada com o cérebro do rapaz. Um jovem médico.

 

Passei um bom período hospitalizada. Vários dias em coma induzido, terapia nutricional oral e centenas de fraldas.

 

Felizmente não houve rejeição ao enxerto, tive alta e voltei para minha casa.

 

Durante muitas semanas tive acompanhantes. Enfermeiras e cuidadoras.

 

Divorciada e sem filhos, aposentada por tempo de serviço, uma vidinha tranquila, cuidando de plantas, fazendo exercícios com um personal trainer, viajando e escrevendo crônicas para um futuro livro.

 

Um acidente interrompeu a rotina e me transformou em outra pessoa.

 

 

 

continua

 

 

 



setembro 05, 2024

o menino e a coruja

 

Era uma vez uma noite de luar, em uma pequena vila pitoresca aninhada em meio a árvores antigas, vivia um garoto curioso chamado Lucas. Lucas tinha um coração tão grande quanto o céu estrelado e olhos que brilhavam de admiração. Seu passatempo favorito era explorar a floresta, onde segredos sussurravam entre as folhas e sombras dançavam com a lua.

Uma noite fria, enquanto o crescente prateado pendia baixo, Lucas se aventurou mais profundamente na floresta. O ar cheirava a terra úmida e agulhas de pinheiro. Seus passos rangiam nas folhas caídas, e os galhos acima pareciam se estender como dedos nodosos, acenando para ele.

E ali, empoleirada em um galho coberto de musgo, estava uma criatura magnífica: uma coruja, suas penas uma sinfonia de cinzas e marrons. Seus olhos grandes e redondos perfuravam a alma de Lucas, cheios de sabedoria antiga e um toque de travessura.

“Quem é você?” Lucas perguntou, sua voz pouco mais alta que um sussurro.

A coruja inclinou a cabeça, como se ponderasse a questão. “Eu sou Aurora,” ela respondeu. “A guardiã da noite, a guardiã dos sonhos esquecidos e a testemunha silenciosa de incontáveis ​​contos.”

Os olhos de Lucas se arregalaram. “Por que você fica acordado enquanto o mundo dorme?”

Aurora piscou lentamente. “Porque os sonhos precisam de companhia, e às vezes, corações jovens buscam respostas nas horas silenciosas. Diga-me, Lucas, o que te mantém acordado esta noite?”

Lucas hesitou, então despejou seu coração. Ele falou de sonhos não realizados, medos que voavam como pássaros presos e a dor de sentir falta de sua falecida avó. Aurora ouviu, suas penas se agitando em empatia.

“Veja,” Aurora disse, “nós corujas somos mais do que penas e bicos. Nós carregamos histórias dentro de nós — histórias de amor, perda e resiliência. E às vezes, nós compartilhamos. Lucas se inclinou para mais perto. "Que história você vai compartilhar comigo esta noite?"

Os olhos de Aurora brilharam. "Escute bem, jovem. Uma vez, em uma era esquecida, um garoto muito parecido com você vagou por estas mesmas florestas. Seu nome era Elias. Ele também buscava respostas sob o brilho da lua."

Elias conheceu Aurora em uma noite sem lua, quando as estrelas se escondiam atrás de nuvens espessas. A coruja lhe contou sobre reinos perdidos, florestas encantadas e a magia que dançava na borda da realidade. Elias ouviu, extasiado, e em troca, ele compartilhou seus sonhos — aqueles que o mantinham acordado, aqueles que sussurravam sobre aventuras além do horizonte.

Conforme as estações mudavam, Elias e Aurora se tornavam inseparáveis. Eles riam das palhaçadas dos vaga-lumes, dançavam com o vento e desvendavam mistérios escondidos nas folhas farfalhantes. E toda noite, Elias perguntava: "Por que você fica acordado, querida coruja?"

Aurora responderia: “Porque os sonhos são frágeis e, às vezes, precisam de um amigo para mantê-los vivos”. essas histórias com aqueles que realmente ouvem.”

Em uma noite fatídica, Elias confidenciou seu desejo mais profundo: encontrar a Estrela Perdida, uma joia celestial que supostamente realiza qualquer desejo. Os olhos de Aurora brilharam com conhecimento antigo. "A Estrela Perdida fica além das Cataratas Sussurrantes", disse. "Mas cuidado, pois sua luz revela tanto a verdade quanto a ilusão."

Elias embarcou em sua busca, guiado pela sabedoria de Aurora. Ele enfrentou rios traiçoeiros, florestas encantadas e enigmas sussurrados pelos raios da lua. E quando finalmente segurou a Estrela Perdida na palma da mão, percebeu que seu brilho não estava em conceder desejos, mas em iluminar o caminho para o desejo do coração.

Ele retornou para Aurora, que o esperava no mesmo galho musgoso. "O que você aprendeu, Elias?", perguntou.

Elias sorriu. "Que sonhos não são estrelas distantes — eles residem dentro de nós. E às vezes, tudo o que precisamos é de uma corrente para nos lembrar."

Daquele dia em diante, Elias e Aurora compartilharam seus sonhos, tecendo uma tapeçaria de magia e amizade. E se você ouvir atentamente em noites de luar, você pode ouvir suas risadas ecoando pelas árvores — a risada de um menino e uma coruja que descobriram que as maiores aventuras acontecem nos espaços entre a vigília e o sonho.

E então, caro leitor, lembre-se disto: quando você vir uma coruja empoleirada em um galho, tire um momento para ouvir. Pois ela pode compartilhar uma história que manterá seu coração acordado e seus sonhos vivos.

 

 

Inspirado pela magia do luar e pelos sussurros das corujas, este conto dança entre a realidade e o encantamento.

 

 

Obs. Redação por IA



agosto 13, 2024

O PEIXE E O SAPO




Era uma vez, em um lago tranquilo, viviam um peixe chamado Pingo e um sapo chamado Sapo. Pingo era um peixe curioso, sempre explorando as profundezas do lago, enquanto Sapo adorava cantar à beira da água, especialmente nas noites de lua cheia.


Certa noite, enquanto Pingo nadava perto da superfície, ouviu uma melodia encantadora. Era Sapo, cantando uma canção sobre as estrelas e a lua. Fascinado pela voz de Sapo, Pingo decidiu se aproximar.


"Olá, Sapo! Sua canção é linda. Nunca ouvi algo assim antes," disse Pingo, emergindo da água.


Sapo, surpreso, respondeu: "Obrigado, Pingo! Eu canto para a lua todas as noites. É a minha maneira de agradecer pela sua luz."


Os dois começaram a conversar todas as noites. Pingo contava histórias sobre as maravilhas subaquáticas, enquanto Sapo falava sobre as estrelas e as criaturas da terra. Com o tempo, eles perceberam que, apesar de suas diferenças, tinham muito em comum.


Um dia, uma tempestade forte atingiu o lago. As águas ficaram turbulentas e Pingo ficou preso em um redemoinho. Desesperado, ele chamou por ajuda. Sapo, ouvindo os gritos de Pingo, pulou na água sem hesitar. Com sua força e determinação, Sapo conseguiu puxar Pingo para a segurança.


A partir daquele dia, Pingo e Sapo se tornaram inseparáveis. Eles aprenderam que o verdadeiro amor não conhece barreiras e que, mesmo sendo diferentes, podiam se complementar de maneiras maravilhosas.


E assim, no lago tranquilo, Pingo e Sapo viveram felizes, compartilhando suas aventuras e canções, mostrando a todos que o amor verdadeiro pode florescer nos lugares mais inesperados.


Gostou da fábula? Se quiser, posso criar mais histórias para você!


agosto 06, 2024

ELISIA - ROTEIRO

Personagens

Elísia – Rose - Breno – Joel (amigo) – Josias (preparador físico) – Rose amiga de Elísia. – Abigail avó – Juninho (filho)

Sinopse

Elísia, namorada de Breno, jogador de futebol. - Elísia engravida - Nasce Juninho.  - Breno não aceita a gravidez. - Elísia desaparece.  -  Breno é condenado. - Abigail tem a guarda de Juninho - Juninho cresce, torna-se jogador de futebol famoso. - Decide investigar o desaparecimento da mãe. - Encontra a mãe internada num asilo.

Trama

As amigas Elísia e Rose assistem aos treinos de futebol. Sonham casar com seus ídolos, Breno e Joel, jogadores principais do time favorito do campeonato nacional. Elísia tem vinte e dois anos e Rose vinte e cinco.

Rose é irmã do preparador físico do time. No intervalo do treino ele apresenta os jogadores às amigas.

Elas assistem a final do campeonato e são convidadas para a festa da vitória. Elísia e Breno iniciam um namoro. Joel está noivo, Rose se conforma e reata o namoro com o antigo namorado. Elísia engravida de Breno que não aceita a gravidez. Elísia insiste no casamento com Breno.

Breno é transferido, seu passe é comprado por um grande time, tornando-se um jogador bem pago. Integrado ao novo time, sai em excursão internacional.

Nasce o filho de Elísia e Breno. Abigail, mãe de Elísia tem a guarda do neto.

Elísia exige o teste de paternidade, Breno se recusa a fazê-lo. Inicia-se uma batalha judicial.

Elisia desaparece. Após meses de investigação, Breno é preso, acusado de tê-la assassinado.

Dezoito anos depois...

Juninho se torna jogador de futebol, contratado pelo antigo time de Breno. Todos, no clube, comentam sua semelhança com o preparador físico que lhe dedica mais atenção que aos demais jogadores.

Intrigado, comenta com a avó Abigail.

Ocorre uma epidemia, todos são obrigados ao teste para diagnóstico. Juninho consegue uma amostra de sangue de Josias. Faz o teste de DNA. Descobre ser seu filho. Isenta Breno da paternidade.

Josias confessa ter internado Elísia numa clínica psiquiátrica. Juninho reencontra a mãe.

Breno é inocentado. Josias é preso e se enforca na delegacia.

 


 

agosto 05, 2024

LALLO

 

uma história recontada


Há mais de quarenta anos ele vivia numa casa de repouso ao pé da colina.

 

Aos dezenove anos fora trancafiado lá pela família de seu primo.

 

Perdera os pais ao nove num acidente de automóvel passando a viver com os tios. Quando a tia, irmã de seu pai, faleceu Lallo teve uma crise nervosa e foi internado.

 

Na clínica manteve-se silencioso durante todos esses anos.

 

Dispunha de um amplo apartamento no térreo, com portas e janelas para o jardim.

 

Seu primo era a única visita que recebia duas vezes por ano, levando-lhe material de pintura, telas e tintas.

 

Lallo era um pintor de quadros, e os mantinha, quando prontos, guardados num grande armário.

 

Havia um quadro inacabado, o retrato de uma mulher apenas esboçado, e era o único que ficava à mostra em seu quarto.

 

A clínica passou por uma reforma e recebeu uma nova diretora. Uma médica geriatra de nome Helga que ficou bastante interessada no caso de Lallo, talvez por encontrar nele traços familiares.

 

Ela tentou inúmeras vezes conversar com ele, um homem dócil, gentil, não usava medicamentos e ouvia a médica com atenção, porém suas respostas eram o silêncio.

 

Certo dia Lallo amanheceu febril, recusou o café e não saiu do quarto para o passeio costumeiro ao jardim.

 

Helga decidiu transferi-lo para a enfermaria onde seria mais bem cuidado pelos enfermeiros intensivos e ordenou que o apartamento fosse limpo e esterilizado porque suspeitava de uma meningite.

 

Durante a limpeza foi encontrado um diário caído sob a cama e levado à diretora. Ela percebeu que no diário poderia estar a chave para identificar o problema de Lallo, pois em sua opinião ele não parecia ser doente mental.

 

Assim, com a leitura do diário, soube que a família o internara para se ver livre dele, apossando-se da imensa fortuna que lhe cabia de herança com a morte dos pais.

 

O primo, filho único de seus tios, amigo de infância se tornou um rival, pois Lallo era mais talentoso, mais bonito e mais bem sucedido nos estudos.

 

Com a morte da tia e a crise nervosa, o primo apoiado pelo tio, tratou de interná-lo tendo apenas o cuidado de reservar-lhe um apartamento confortável que funcionasse como um atelier para Lallo se distrair e não reivindicar seu legítimo direito à herança.

 

O primo em suas visitas trocava o material de pintura por quadros acabados, levando-os consigo. Às vezes o presenteava trazendo-lhe um quadro pronto afirmando ser de sua autoria. Lallo rabiscava a tela ou dava-lhe cortes e a escondia no rebaixamento do teto do banheiro.

 

Helga terminou a leitura do diário na semana em que Lallo teve alta da enfermaria e retornou ao apartamento.

 

No dia seguinte à alta ela o visitou entregando-lhe o diário. Foi quando ele disse, pela primeira vez ‘obrigado doutora’.

 

Animada com a reação dele, Helga passou a vê-lo todas as manhãs, acompanhando-o em seu passeio silencioso pelo jardim.

 

Um dia se sentaram num banco e ela lhe mostrou um jornal com a reportagem sobre um pintor famoso. Perguntou-lhe se ele gostaria de acompanhá-la na visita à exposição. Ele disse ’obrigado doutora, eu não posso’. Ela tentou saber o motivo, mas Lallo permaneceu em silêncio; a doutora havia observado a grande semelhança entre ele e o pintor retratado pelo jornal.

 

Com muitos detalhes obtidos com a leitura do diário de Lallo, a médica definira uma estratégia para lidar com ele.

 

Observou também que o retrato inacabado da mulher estava sendo retomado por ele, tomando expressão. Aos poucos o retrato ganhava o rosto de Helga.

 

Numa entrevista com ele, ela perguntou quem era a mulher do retrato. Seria sua mãe? Ele não se lembrava do rosto de sua mãe, mas disse-lhe que tentava retratar Hanna, sua babá na infância, de origem húngara, que lhe contava histórias e cantava para ele adormecer. Disse também que a médica, por ter traços parecidos com Hanna, ajudava a completar a pintura.

 

Helga considerava um progresso o trabalho com Lallo e, muito confiante, buscava extrair dele mais relatos que pudessem ajudá-lo. Ela acreditava não existir razão para o confinamento de um homem sadio e talentoso.

 

Por coincidência, a avó de Helga também se chamava Hanna, já havia falecido, era húngara e foi governanta de uma família após ter ficado viúva, porém era só isso que conhecia sobre a avó. Lallo teve oportunidade de falar bastante sobre a babá Hanna enquanto trabalhava no retrato de Helga, que já admitia a ideia de que a babá fosse mesmo a avó. Este assunto era o ponto de ligação entre a terapeuta e o paciente. A médica era a única pessoa com quem Lallo conversava durante a caminhada pelo jardim.

 

O ano chegava ao fim e o primo não fizera ainda a segunda visita anual, talvez ele fosse de fato o pintor descrito no jornal e poderia estar atarefado com os preparativos da exposição anunciada.

 

Duas semanas se passaram, a médica precisou se ausentar da clínica, quando surgiu uma visita inesperada para Lallo. Tratava-se de uma mulher, acompanhada de um advogado. Lallo se recusou a recebê-los e eles marcaram outra visita para quando a doutora retornasse à clínica.

 

Assim aconteceu.

 

Helga recebeu as visitas, mandou buscar Lallo em seu apartamento e lhe foi revelado que a visitante era a viúva de seu primo, falecido recentemente e que deixara uma carta-testamento.

 

Nesta, reconhecia o mal que lhe causara, pedia perdão e lhe devolvia os direitos não só à herança da família como também a fama e a glória que lhe roubara, exibindo como seus os quadros de Lallo.

 

Lallo, abraçado à doutora Helga, chorou.

 

Não quis deixar a clínica, alegando que não saberia viver fora de lá.

 

Com a ajuda do advogado transferiu parte de seus bens para uma Fundação de Arte e outra parte doou para a clinica de repouso.

 

Abandonou a pintura para se dedicar ao jardim.

 

O retrato de Helga foi terminado e hoje está exposto em sua sala.

 

FIM

 

 

 

daguinaga

julho 25, 2024

Pedrinho - umconto infantil

 
Era uma vez um pequeno caracol chamado Pedrinho

 Ele vivia no bosque e desejava encontrar um amigo ou amiga.

Um dia, Pedrinho decidiu explorar além do seu habitat e caminhou até chegar a uma horta. Lá, ele encontrou lesmas que riam da sua carapaça. 


 

Triste, Pedrinho se fechou dentro de sua concha.




Após alguns dias de descanso, choveu.

Pedrinho saiu disposto a viver em outro lugar.


Ao tirar a cabeça para fora, ele viu algo surpreendente: uma lesma-tigre! 




Diferente das outras lesmas, essa tinha uma aparência marcante, com manchas pretas em sua cor marrom-avermelhada. Pedrinho se aproximou com curiosidade.


 

Com o tempo, Pedrinho aprendeu que a verdadeira beleza estava na diversidade e na amizade. 

Ele não precisava ser igual a todos os outros caracóis para ser feliz. 

A lesma-tigre ensinou-lhe a valorizar suas diferenças e a encontrar alegria nas pequenas coisas.