Levei minha sogra para uma volta pela feira de artesanato. Estávamos em férias numa encantadora praia.
Entrei numa lojinha em busca de um biquini para mim e um maiô para ela (apesar de possuir um corpo bonito em sua idade, recusava-se a usar bikinis.
A sogra não me acompanhou à loja, eu me distraí escolhendo as peças, quando me dei conta, ela não estava mais por lá. Saí em sua procura.
Soube, depois, pela pessoa que a encontrou perdida e a trouxe de volta para mim, após acionar o serviço de autofalantes da praça, a seguinte história:
Ela desnorteada, parou em frente a uma loja e perguntou à figura masculina parada na porta, trajando uma sunga, em que direção ficava o hotel (pensou ser melhor retornar).
Silêncio.
Repetiu a pergunta à figura feminina, ao lado, usando um biquini.
Silêncio.
De dentro da loja saiu uma vendedora, delicadamente informou que as figuras eram modelos, não eram pessoas em carne e osso.
Minha sogra continuou a busca topando com um rapaz de boné, parado na calçada, vestido de bermudas e usando óculos escuros.
Ao seu lado havia um banco de madeira e ela se sentou para arrumar as sandálias e beber um pouco de água de sua garrafinha. Demonstrava cansaço.
O rapaz a viu e perguntou-lhe se precisava de ajuda.
Ela olhou para ele, assustou-se e perguntou:
- Você é humano ou um modelo?
O rapaz, muito bonito, riu respondendo:
- Sou ambos: humano e modelo.
Ela contou-lhe sobre a situação, ele ofereceu-se para levá-la ao hotel.
Durante o trajeto, nos reencontramos, eu e ela nos abraçamos.
Agradeci ao moço pela gentileza e rumamos para o hotel.
Mais tarde, caminhando pela orla vimos o rapaz sendo fotografado por uma equipe de TV.
Minha sogra comentou:
- Modelo, gentil, artista e, humano!
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