Conteúdos da Caixa

janeiro 16, 2025

O ESTRANHO CHEIRO DA MORTE

 

Hilton foi hospitalizado e transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI); permaneceu por cerca de trinta dias quando foi levado para um quarto do hospital.

Completou 85 anos e seu mal era Diabetes adquirida, também conhecida como diabetes tipo 2 (DM2).

Sua permanência na UTI deixava-nos apreensivos; visitas de 10 minutos repartidos entre os parentes; muitas vezes impossíveis porque o paciente estava em sessão de diálise.

Em minha última visita, ele disse ter sede; o plantonista concordou que eu umedecesse seus lábios com um punhado de algodão.

Quando os médicos concluíram que o paciente estaria em estágio final, ele foi levado ao quarto.

Um dia, a enfermeira pediu que eu ajudasse na troca dos lençóis, eu deveria segurar o corpo de Hilton. Eu me aproximei, e um cheiro repugnante me envolveu; segurei o vômito e aguardei a conclusão da troca da roupa de cama.

Hilton faleceu poucos dias depois; o atestado de óbito declarava sepse.

Esse mau cheiro me acompanhou por um longo tempo.             


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