Hilton foi hospitalizado e transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI); permaneceu por cerca de trinta dias quando foi levado para um quarto do hospital.
Completou 85 anos e seu mal era Diabetes adquirida, também conhecida como diabetes tipo 2 (DM2).
Sua permanência na UTI deixava-nos apreensivos; visitas de 10 minutos repartidos entre os parentes; muitas vezes impossíveis porque o paciente estava em sessão de diálise.
Em minha última visita, ele disse ter sede; o plantonista concordou que eu umedecesse seus lábios com um punhado de algodão.
Quando os médicos concluíram que o paciente estaria em estágio final, ele foi levado ao quarto.
Um dia, a enfermeira pediu que eu ajudasse na troca dos lençóis, eu deveria segurar o corpo de Hilton. Eu me aproximei, e um cheiro repugnante me envolveu; segurei o vômito e aguardei a conclusão da troca da roupa de cama.
Hilton faleceu poucos dias depois; o atestado de óbito declarava sepse.
Esse mau cheiro me acompanhou por um longo tempo.
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