APRISIONADA
Uma tela metálica aposta à janela, malhas finas. Intransponíveis.
A janela oposta estava fixa em seus batentes, impossível abri-la.
A porta de acesso ao aposento permanecia semiaberta, sempre.
A criatura tentava escapar pela janela. A luz de um amanhecer dourado era o que ela via, através da tela. Poderia escapar pela porta.
Tentou o dia inteiro atravessá-la. Exausta, adormeceu.
Findou o dia.
Amanheceu. Um estreito raio de sol penetrava pela fresta da porta entreaberta,
A criatura despertou, voltou à janela aguardando a luz dourada retornar.
Tentaria escapar novamente.
Uma brusca rajada de vento fechou a porta.
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