O dia estava lindo e, como dizia minha avó,
em estado de graça.
Os passarinhos, alegres e folgazões faziam
grande algazarra entre as folhagens. Um vento ligeiro coçava a luz do sol. O
céu azulíssimo estava bordado por singelas nuvens de formas aleatórias quase
translúcidas.
Os ponteiros do relógio caminhavam céleres, urgidos
do tempo fogoso, empinado naquela hora da manhã apressada em entardecer para
gozar o efêmero da lua cheia que mais tarde estaria em eclipse.
Um fato novo acontecera para alterar a
mesmice do noticiário: milhares de refugiados cruzavam os mares...
Uma criança morta chegou à praia e o mundo
quase se comoveu por isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário