Um
homem passa todas as manhãs com sua ‘bike’ motorizada e um radinho de pilha. O
horário é o de sempre a música é sempre outra. Vai a caminho do trampo.
Outro
homem espera o ônibus na esquina; não é um ponto de ônibus ‘oficial’, isto é, não
autorizado, mas o motorista dá uma paradinha.
Sempre no mesmo horário o ônibus
às vezes é outro, costuma atrasar.
Vai a caminho do trampo.
O
ônibus que vem do centro da cidade faz parada na esquina oposta; descem as ‘funcionárias
do lar’; um grupo colorido de mulheres a caminho do trampo: um condomínio
classe média nas proximidades.
As
vans escolares circulam buscando as crianças rumo às escolas.
É
dia do caminhão da coleta dos ‘resíduos domésticos’.
Seus tripulantes se
equilibram na caçamba; uma boca gigantesca que tritura tudo.
O horário costuma
variar, às vezes o caminhão não passa. Algum defeito talvez.
A
Kombi do verdureiro também cumpre horário matinal.
Mais
tarde surgem os motoboys distribuindo suas ‘deliveries’: garrafões de água, botijões
de gás, ração.
Sem horário fixo, passa o carteiro também com sua moto.
Eu
fico na varanda espiando o movimento.
Faço do horário dessa turma o meu horário
matinal: vou cuidar das plantas.
Meu
trampo.
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