Eu não gosto de escrever em livros, tampouco
grifar passagens porque odeio ler livros rabiscados. Costumo fazer anotações em
papel avulso usado como marcador de páginas. Sempre faço a doação dos livros
lidos e por isso muitas anotações se perdem.
Tenho muito cuidado em jogar papéis no lixo.
Guardo, por cinco anos, os recibos das contas pagas.
Todo início de ano novo
faço uma faxina separando com cuidado o que merece ou não ser desprezado.
Já
tive enorme aborrecimento com cobranças indevidas.
Tenho amigos que receberam na Justiça
indenizações por dano moral; eu prefiro a cautela ao processo judicial.
Acho detestável receber ligações com
cobranças, detesto também as ligações com ofertas de crédito; tenho nenhuma
paciência para operadores de telemarketing.
Alguém costuma deixar oferendas no meu
portão, o acesso até a casa constitui com as ruas vizinhas uma encruzilhada.
Tenho que varrer constantemente e lavar o meio fio por conta das comidas lá
deixadas; geralmente uma farofa enfeitada com ovos cozidos e pimenta vermelha.
Raramente deixam galinha morta.
Já deixaram galinha viva dentro de um saco com
outros componentes do ritual.
Recolhi uma imagem quebrada do Preto Velho,
colei os pedaços e guardei; recolho as tigelas também – alguidares como dizem.
Excelentes cinzeiros!
Eu recolho as oferendas que incluem velas,
que eu uso nos apagões e rosas frescas usadas para enfeite.
As bebidas deixadas geralmente são ordinárias
e baratas.
Penso que os santos merecem coisa melhor, tipo Möet & Chandon,
D. Perignon ou um Scoth 12 anos; um dia recolhi duas garrafinhas de cerveja
Caracu.
Oferendas pobres demais.
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