Pensei em ser jornalista, depois virar uma escritora.
Todavia, não tenho a disciplina exigida para a profissão.
Admiro esse talento
raro – disciplina – a técnica, o estilo, o gênero são acessórios.
Admiro também o trabalho dos tradutores; creio que
muitas traduções são melhores que os originais. Deveria existir prêmio literário
para tradução. Será que existe?
Gosto muito das narrativas que mesclam História e
ficção.
Gostaria de ter o fôlego de um Follet e escrever
uma saga histórica, mas estou satisfeita em escrever uns contos curtos. Já me disseram que meu problema é ser muito sintética.
Admito.
Pensei em escrever sobre autoajuda, mas seria uma
fraude porque não acredito nisso. Mas é um filão e tanto...
Escrever romance não me empolga; um folhetim
talvez.
Aprecio muito as crônicas.
Acho que até misturo
crônicas e contos quando me proponho a escrever. Começo escrevendo o que me vem
à memória sem definir o estilo.
Raramente faço um rascunho; outras vezes faço
um apontamento, registro uma ideia, mas ao sentar para escrever nem me ocorre consultá-los.
Sou indisciplinada, já disse.
Na época em que fui estudante eu tinha muita disciplina;
era parte da formação profissional.
Estudei métodos, normas técnicas e tudo mais
exigido para um trabalho acadêmico.
Eu me despedi da vida acadêmica, porém conservo
alguns hábitos.
Meus pais disseram que aos três anos de idade eu
sabia ler.
Não lembro.
Na casa do meu avô havia uma biblioteca dentro do seu
escritório.
Vovô foi contabilista e professor.
Descobri o Novo Mundo entre
tantos livros e jornais.
Os primeiros favoritos foram os volumes da Encyclopedia
– enormes e fartos.
Delta-Larousse ou Britannica? Não me lembro.
Jornal Correio da Manhã e seu Suplemento literário. Saudade.
Descobri Monteiro Lobato, Julio Verne e os HQs dos
jornais (as tirinhas).
Depois me apaixonei por Machado de Assis.
Ultimamente
tenho paxonite por Laurentino Gomes e por Silviano Santiago. Nélida Piñon foi
muito querida e Garcia Marques meu herói.
Amei os portugueses culminando com
Saramago.
E não posso deixar de fora as Mitologias.
Adorei ler o britânico Alan
Parker e os americanos Philip Roth, Herman Melville e John Steinbeck, dentre
tantos outros.
Não posso me esquecer do alemão Thomas Mann e de “Os sofrimentos do jovem Werther” do também alemão Goethe.
E sobre os antigos, ficavam na cabeceira da cama “O elogio à Loucura”
do Erasmus e o “Decameron” de Giovanni Boccaccio.
e os Gregos clássicos?
a literatura argentina?
os franceses?
vida curta!
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