João,
o pedreiro, veio construir o ‘quartinho das ferramentas’.
Calado,
simpático e caprichoso com a obra.
Errou
no cálculo das telhas, única bobeira em serviço.
Comprei
as faltantes e o quartinho ficou ‘joia’.
Chegou cedo com uma novidade; a companheira deu um ultimato: ou casa ou vaza. Vai
voltar pra sua cidade.
Quê
que é isso João?
Não
quero casar. Vou voltar.
A
companheira de João é irmã do jardineiro que me apresentou ao João
pedreiro; por motivo de doença o jardineiro parou de trabalhar, mas sugeriu deixar o João fazendo
o serviço da jardinagem.
Topei
na hora, embora João viesse de sua cidade uma vez por semana pra dar conta do
serviço.
Tive
um ‘insight’:
João,
enquanto você não arruma outro serviço e não quer de fato ficar na sua cidade pode
ficar aqui em casa; pode se alojar no quartinho das ferramentas...
Outro
‘insight’:
João,
a obra do atelier tá parada pela falta de dindim pra concluir, então você se
acomoda na cozinha que tá pronta e vai ficando...
O
combinado foi eu lhe pagar a diária da jardinagem, mas João faz mais por sua
conta e risco, disse que não pode ficar parado aguardando rolar algum trampo.
Passei
a oferecer café de manhã, uma sobremesa e uma janta (ele diz que só gosta de
jantar).
É
bom conversar com ele, puxar um papo, trocar ideias. Ele é reservado, muito na
dele. Timidez de mineiro?
Um
anjo sem asas caiu no jardim.
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