O pessoal (duas amigas) me chamou pra sair;
um show intimista voz e violão num barzinho descolado. Consegui superar minha
resistência em dirigir à noite e topei. Uma cervejinha e depois água mineral
pra lavar a serpentina não seriam nada mal e prestigiar dois músicos que andam
ralando pra emplacar seu som é ação meritória.
Chegamos muito cedo? Barzinho vazio.
A moça traz o cardápio: uma lista de cervejas
ocupando duas páginas e uns petiscos de nomes curiosos. A maior parte da lista
continha cervejas artesanais (virou febre) em sua maioria.
Como não sou afeita ao paladar e ao preço das
artesanais eu pedi a ‘de sempre’, nacional.
A moça volta da copa:
- Não tem!
Escolho a segunda opção nacional.
A moça volta:
- Não tem!
Escolho a terceira nacional.
Ela de volta:
Também não tem!
‘Carajo’, porque então constam da lista?
Desculpe moça!
Saio e vou até à padaria da esquina e compro
minha latinha nacional.
- Pode trazer ‘Bolinhas de queijo’. Tem?
A dupla solta a voz, eu mastigo bolinhas de
queijo e espio da janela o meu carro cuidado por um flanelinha...
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