Feriado de Semana Santa em cidadezinha do
interior. Lagoa Dourada.
Tráfego intenso corta a cidade e o casarão
que me abriga treme nas bases. Retratos antigos nas paredes de pessoas sérias.
Assoalho de tábuas corridas rangem sob nossos passos.
Na véspera a procissão do Senhor Morto passa
com as maracas respeitosas cobrindo o silêncio. Eu perdi a fé, mas gosto dos
rituais. Aprecio até o roxo da mortalha.
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