Conteúdos da Caixa

dezembro 15, 2019

ABRIL - PARTE II


Entrei num curso de computação gráfica. Tenho pouca paciência para rotinas, todavia ‘la noblesse oblige’.

Escolho fotos e aplico filtros centenas de vezes até encontrar a imagem ideal.

Fui selecionada para uma exposição em espaço público. Série ‘Poéticas Digitais’. Boa frequência e nenhuma venda. Doei a maioria dos quadros.

Tenho um admirador que comprou vários quadros expostos numa loja de decoração.

Preparei uma série de quadros para uma exposição temática; intitulei de ‘O Anjo Pornográfico’. Um deles foi muito apreciado enquanto esteve na oficina de molduras. Uma pessoa o comprou após a exibição.
Não tenho fotos destes trabalhos tampouco de outros, posto que não me saio bem no uso de ‘flash’.
Chamei um fotógrafo para fazer um ‘portfolio’, ele veio, viu, orçou e nunca mais apareceu.

Preparei uma exposição no espaço cultural de um amigo. 
Depois expus em espaço nobre da universidade local e em seguida, num hotel da cidade.
Sobre a exposição no hotel registro que o ‘curador’ pouco fez, deixou o salão da galeria às escuras; mesmo assim vendi um trabalho e ainda lhe paguei comissão de dez por cento pela venda.

Penso que minha arte tem algum mérito; vários de meus quadros foram furtados ou roubados nestes períodos expositivos.

Exposição em espaços públicos, nunca mais. Montei um atelier na nova casa e reservei uma parede para exposição de trabalhos meus e de outros artistas. Inauguramos com pouca pompa e muita circunstância. Poucas vendas e muita música e cerveja.

Estou empolgada com o uso do lápis aquarelável. Faço o esboço com barbante sobre a superfície do papel preparado com tinta preta e dou asas a imaginação.

O efeito é maravilhoso!

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