Conteúdos da Caixa

dezembro 16, 2019

MAIS UM DIA


Pensei em ser jornalista, depois virar uma escritora. Todavia, não tenho a disciplina exigida para a profissão. 
Admiro esse talento raro – disciplina – a técnica, o estilo, o gênero são acessórios.
Admiro também o trabalho dos tradutores; creio que muitas traduções são melhores que os originais. Deveria existir prêmio literário para tradução. Será que existe?

Gosto muito das narrativas que mesclam História e ficção.

Gostaria de ter o fôlego de um Follet e escrever uma saga histórica, mas estou satisfeita em escrever uns contos curtos. Já me disseram que meu problema é ser muito sintética. 
Admito.

Pensei em escrever sobre autoajuda, mas seria uma fraude porque não acredito nisso. Mas é um filão e tanto...

Escrever romance não me empolga; um folhetim talvez.

Aprecio muito as crônicas. 
Acho que até misturo crônicas e contos quando me proponho a escrever. Começo escrevendo o que me vem à memória sem definir o estilo. 
Raramente faço um rascunho; outras vezes faço um apontamento, registro uma ideia, mas ao sentar para escrever nem me ocorre consultá-los. Sou indisciplinada, já disse.

Na época em que fui estudante eu tinha muita disciplina; era parte da formação profissional. 
Estudei métodos, normas técnicas e tudo mais exigido para um trabalho acadêmico. 
Eu me despedi da vida acadêmica, porém conservo alguns hábitos.

Meus pais disseram que aos três anos de idade eu sabia ler. 
Não lembro. 

Na casa do meu avô havia uma biblioteca dentro do seu escritório. 
Vovô foi contabilista e professor. 
Descobri o Novo Mundo entre tantos livros e jornais. 
Os primeiros favoritos foram os volumes da Encyclopedia – enormes e fartos. 
Delta-Larousse ou Britannica? Não me lembro.

Jornal Correio da Manhã e seu Suplemento literário. Saudade.

Descobri Monteiro Lobato, Julio Verne e os HQs dos jornais (as tirinhas). 
Depois me apaixonei por Machado de Assis. 
Ultimamente tenho paxonite por Laurentino Gomes e por Silviano Santiago. Nélida Piñon foi muito querida e Garcia Marques meu herói. 
Amei os portugueses culminando com Saramago. 

E não posso deixar de fora as Mitologias. 

Adorei ler o britânico Alan Parker e os americanos Philip Roth, Herman Melville e John Steinbeck, dentre tantos outros. 

Não posso me esquecer do alemão Thomas Mann e de “Os sofrimentos do jovem Werther” do também alemão Goethe.



E sobre os antigos, ficavam na cabeceira da cama “O elogio à Loucura” do Erasmus e o “Decameron” de Giovanni Boccaccio.

e os Gregos clássicos?
a literatura argentina?
os franceses?

vida curta!


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